8 de março de 2009

Biografia de John Lennon

Acaba de ser lançada no Brasil, pela Companhia das Letras, uma biografia de John Lennon que vai dar muito o que falar. O autor é Philip Norman e o livro, um calhamaço enciclopédico, de mais de 800 páginas, que detalha e esmiuça todas as fases da vida do mais controvertido beatle.

O livro desencava entrevistas antigas e traz à tona muitas revelações bombásticas sobre a personalidade do cantor e compositor. O livro foi rechaçado pela viúva Yoko Ono, o que é um bom sinal. Biografias aprovadas pelas famílias e as chamadas autobiografias tendem a ser mentirosas e omissas.

Lennon era filho de pais divorciados. Teve que optar (aos 6 anos) entre pai e mãe, e escolheu a mãe (que já vivia com um amante) Julia, mulher jovem, bonita, mas incapaz de se envolver emocionalmente com o filho. Ele foi dado para ser criado pela rica e fria Mimi, irmã de Julia. O garoto sempre nutriu sentimentos ambíguos pela mãe. Norman conta que aos 14, Lennon deitado na cama materna, roçou a mão sem querer no seio de Julia. Lennon achava que se "se tivesse feito algo mais", ela consentiria. Freud explica. Mais edipiano o moço, impossível.

Ainda jovem, Lennon perdeu diversas pessoas queridas de forma inesperada e bruta. A mãe foi atropelada quando o cantor tinha 17 anos. Aquele filme Backbeat nos mostrava a vida (e a morte) do seu melhor amigo, Stu Sutcliffe (por quem supostamente Lennon esteve apaixonado). Outro que morreu jovem foi Brian Epstein (o genial agente dos Beatles, com quem Lennon teve um breve envolvimento amoroso).

Todas essas relações e outros acontecimentos marcantes da fase áurea da banda, como detalhes das gravações de discos clássicos e os percalços da atribulada vida pessoal do cantor e compositor, com ou sem Beatles e Yoko, são contadas no livro de Norman e despertam a curiosidade (ou a irritação) dos muitos fãs. É um livro que eu pretendo ler, reler e depois comentar mais algumas vezes por aqui.

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