23 de março de 2009

Disco: Pet Shop Boys - Yes


O duo eletrônico Pet Shop Boys está de volta com mais um (bom) disco, o décimo de sua prolífica e bem-sucedida carreira. O novo trabalho se chama Yes e conta com a participação do guitarrista Johnny Marr (ex-Smiths, que atualmente toca no The Cribs), que já participou de outras gravações com Neil Tennant e Chris Lowe no passado.

O disco está sendo lançado oficialmente hoje, dia 23 de março, tendo como primeiro single a faixa Love, etc cujo clipe já postamos aqui mesmo no "Dá-me Esse Homem".

Em entrevista recente, o vocalista Neil Tennant falou do novo disco e se declarou fã de artistas dos anos 60, especialmente da cantora Dusty Springfield (com quem os Pet Shop Boys gravaram o megahit What Have I Done Tone To Deserve This?) e que o teria influenciado no estilo vocal. Tennant também reafirmou a combinação única do som dos Pet Shop Boys, que resulta de suas influências sessentistas e do trabalho synth pop a cargo do tecladista (e DJ) Chris Lowe.

Nas letras deste Yes, Tennant faz comentários políticos incisivos (Legacy, uma das músicas do novo disco é um irônico adeus a Tony Blair, ex-primeiro ministro britânico que aderiu à invasão do Iraque), e apesar de gay o cantor dos Pet Shop Boys rejeita o rótulo de "grupo gay", pois a seu ver, o duo faz música para todos os tipos de pessoas:

"O Pet Shop Boys é um grupo de música pop. Eu sou homossexual assumido, mas é restritivo rotular nosso estilo musical dessa maneira. As pessoas que ouvem nossas músicas e que compram nossos discos o fazem porque gostam do ritmo e das letras. Não temos sucesso porque fazemos pregação, mas por causa da qualidade de nossas composições. Não importa que eu seja gay: a música da minha banda é feita para ser consumida por gays e héteros".

Ou seja, para Neil Tennant a sua música é universal, não tem gênero, está acima dos rótulos sexuais e dos preconceitos embutidos neles. Alguém deveria repetir tais palavras para os nossos publicitários, que utilizam canções de "grupos gays" com intenções duvidosas: para vender produtos como salgadinhos, mas que de forma enviesada reforçam a discriminação.

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